sábado, 20 de outubro de 2012

EVANGELHO DO DIA Lucas 12,8-12.


Lucas 12,8-12.



Naquele tempo, disse jesus aos seus discípulos: «Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus.
Aquele, porém, que me tiver negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 
E a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, há-de perdoar-se; mas, a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, jamais se perdoará. 
Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer em vossa defesa, 
pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer.» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho 

 feito por 
Santa Perpétua e Felicidade

Paixão das Santas Felicidade e Perpétua (início do século III)
§§ 2-3

«Todo aquele que se declarar por Mim diante dos homens, também o Filho do Homem Se declarará por ele diante dos anjos de Deus»

Prenderam alguns jovens catecúmenos: Revocato e Felicidade, ambos escravos,Saturnino e Secundino, e com eles encontrava-se Víbia Perpétua. Esta era nobre de nascimento, tivera uma educação esmerada e fizera um bom casamento. Perpétua tinha ainda pai e mãe, dois irmãos – um dos quais catecúmeno, também – e uma criança ainda de peito. Tinha cerca de vinte e dois anos. Ela própria relatou a história completa do seu martírio. Ei-la, escrita por seu punho, com base nas suas impressões: 


«Estávamos ainda com os guardas, mas o meu pai já estava a tentar
convencer-me. Na sua ternura, tudo fazia para me enfraquecer a fé.
- Pai, disse-lhe eu, estás a ver esse vaso caído no chão, a bilha e aquela coisa ali?
- Estou, disse o meu pai.
- Podemos designá-las por outro nome que não seja o seu?, pergunto-lhe eu.
- Não, respondeu.
- Pois bem, também eu não posso ter outro nome que não seja o meu, mas apenas o meu nome verdadeiro: sou cristã.


«O meu pai ficou exasperado com tais palavras, e avançou para dar cabo de mim. Limitou-se a agarrar-me e abanar-me com força e foi-se embora, com os argumentos do demónio, vencido. Durante alguns dias não voltei a ver o meu pai; dei graças a Deus por isso, essa ausência foi para mim um alívio. Foi precisamente durante esse curto lapso de tempo que fomos baptizados. O Espírito Santo inspirou-me a nada pedir à santa água a não ser força para resistir fisicamente.


«Alguns dias mais tarde, fomos transferidos para a prisão de Cartago.
Fiquei espantada com esta prisão: nunca me vira em trevas tais. [...] A inquietação devorava-me, por causa do meu filho. [...] Acalmava o meu irmão, pedindo-lhe que tomasse conta do meu filho. Sofria muito por ver a minha família sofrer por causa de mim. Durante longos dias, estas inquietações torturaram-me. Acabei por conseguir que o meu filho viesse ficar comigo na prisão. Recuperou as forças sem demora. De repente, a prisão transformou-se-me num palácio, e e eu sentia-me ali melhor do que em qualquer outro lugar.





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